SERRAS E ÁGUAS

Montanhas me movimentam. Movimentam músculos, ossos, serotoninas e endorfinas. Acima de certa altitude, onde a maioria da biota é invisível aí sim, com o coração batendo forte no peito, lutando pelo oxigênio, é que sentimos a imensidão do universo; o azul do céu torna-se incrivelmente azul, meio assim policromático, estonteante. O silêncio, esse diferente do silêncio zumbido, habitual, só se escuta na solitude da montanha. É o mais próximo da alma que já consegui alcançar. Mistura de magia, cansaço, hormônios, adrenalina, felicidade. Assim imagino felizes os monges tibetanos pois têm ali, à mão, ingredientes potencializadores que catalisam harmonicamente alma e assuntos terrenos. Mesmo aqui nas nossas não menos poderosas montanhas esse sentimento inunda. A presença do divino também se manifesta, agora diferente, mais sonoro e alegre. O azul torna-se verde, e o som de alguns seres que também só se escuta depois de alguma altitude se fazem presente. É só uma questão de percepção. Formada em canga, nossas montanhas, como magneto, nos prende e nos une a ela. É só deixar. E a canga, onde vivo, como nenhum outro tipo de solo, com afinidade aguçada pela água, a recebe desavergonhadamente, e entre suas entranhas a retém, amniótico, quente. Aqui e ali, insurgências brotam, deixando fluir seu caldo puro e cristalino, mineralizado, dito especial. A ferro e água.

Lucas Machado

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Tarde Festiva pelas Águas e Serras de Casa Branca

Somos responsáveis pela saúde ambiental de Casa Branca?

Convidamos toda a comunidade para
Tarde Festiva pelas Águas e Serras de Casa Branca

18 de dezembro, domingo, às 15h
Escola Municipal Carmela Caruso Aluotto

Atrações:
Conjunto Casa Branca,
Renato Motha e Patrícia Lobato Palhaço Arco Íris

Comidas típicas,
sorteio de brindes 

Entrada franca

Realização:


domingo, 25 de setembro de 2011

Incêndio consome 80% de área de Parque do Rola Moça


Os incêndios que atingem áreas de preservação ambiental na Serra do Rola-Moça e na Serra do Cipó, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), já consumiram mais 650 mil m² de vegetação, segundo os bombeiros, que ainda não conseguiram conter as chamas. Os trabalhos foram interrompidos por hoje e continuarão na segunda-feira (26) de manhã.
No Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, uma das mais importantes áreas verdes do Estado, aproximadamente 80% da área total do parque foi queimada, segundo os bombeiros. Hoje, 27 bombeiros e alguns brigadistas combateram as chamas, com ajuda de helicópteros.



Na Serra do Cipó, onde está localizada uma das reservas naturais mais importantes do país, ao menos 500 mil m² de vegetação já foram consumidos pelo fogo, que começou na quarta-feira (21), na cidade de Morro do Pilar. Neste domingo, cerca de 70 homens, entre bombeiros e brigadistas do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), atuaram no local, com ajuda de um helicóptero.
A Serra do Curral também é atingida por um incêndio desde as 13h30 deste domingo. Segundo os bombeiros, as chamas são altas e de grande intensidade. Foram deslocadas três equipes para o local.




Os incêndios atingem regiões de preservação ambiental que ficam na cadeia montanhosa conhecida como Serra do Espinhaço. A região é considerada pela Unesco uma reserva mundial da biosfera, pela sua diversidade de fauna e flora.
Ontem, na Mata da Baleia, os bombeiros contiveram um incêndio que consumiu 50.000 m². Também no Parque Nacional do Papagaio e no Parque Estadual da Serra do Cabral os bombeiros atuaram para apagar incêndios.
De acordo com estatísticas da corporação, de 17 de agosto a 12 de setembro deste ano foram registrados 1.931 em áreas de mata da região metropolitana de Belo Horizonte.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Quem chora agora



Quem chora agora é o Morro do Cachorro, uma sequência de serras em Casa Branca que ganhou esse nome por ter o desenho de um cachorro deitado. Após uma grande queimada em várias serras da região, o Cachorro também foi extremamente agredido após o incêndio de dimensões ainda não calculadas.
O movimento pelas Águas e Serras de Casa Branca se uniu para mostrar o quanto ainda estamos decepcionados com a atitude das mineradoras da região e dos governantes que pouco ou nada estão atuando e favor do nosso meio ambiente. Colocamos uma "lágrima no olho do Cachorro" para representar nossa tristeza em relação a essa realidade, ainda mais em um tempo de seca que, além de diminuir a quantidade da água na região, ocasiona queimadas devastadoras.
Esperamos que as autoridades se "toquem" e iniciem mobilizações em favor de Casa Branca. Precisamos do poder público para garantir a preservação de nossas serras e água, mas não vamos ficar parados esperando.
Unidos somos mais!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

MANIFESTO PÚBLICO


MANIFESTO PÚBLICO EM DEFESA DAS ÁGUAS E SERRAS DE CASA BRANCA

A sociedade organizada no Movimento pelas Águas e Serras de Casa Branca, cujo propósito é preservar as nascentes e mananciais da região para a saúde ambiental e conseqüente qualidade de vida da população, vem a público manifestar a realidade da convivência com a atividade mineraria e apresentar ações necessárias para nossa sobrevivência comum.

Nosso dia a dia na vizinhança das minas da Jangada, Córrego do Feijão e Capão Xavier, todas atualmente operadas pela Vale, é afetado por inúmeros incômodos. Como exemplo, podemos citar a poeira, poluição do ar e sonora, as rachaduras nas residências, grande fluxo de trabalhadores terceirizados, trânsito e, o mais grave, ameaça à água de alta qualidade que historicamente abastece a população.

Irresponsabilidade histórica

Durante todo o processo de Licenciamento Ambiental (nº 118/2000/007/005) para ampliação da Mina da Jangada, ocorrido durante o ano de 2005, não houve referência sobre o impacto direto das operações da mina sobre o volume de água das nascentes dos Córregos da Jangada e da Índia. Atualmente a população vem sentindo a diminuição da quantidade e qualidade das águas de abastecimento humano. É fato que a mineração rebaixa o lençol freático e a Vale não assume que sua atividade também é responsável pelo impacto negativo na oferta de água. É importante lembrar que a água foi declarada pelas Nações Unidas como direito humano essencial à vida.

Os impactos sociais também não foram mensurados. Casa Branca, comunidade mais próxima e mais afetada pela mina, não foi considerada adequadamente no EIA/RIMA como Área de Influência Direta, os estudos focaram no município de Sarzedo. Na época, a população se manifestou na audiência pública (realizada em Brumadinho, em 07/03/2006) e protocolou seu posicionamento e demanda, no entanto, não foi devidamente ouvida nem pelo empreendedor nem pelos órgãos públicos. Na verdade fomos ignorados. Como sequer fomos considerados como atingidos, as condicionantes definidas naquele momento não são capazes de mitigar ou compensar os impactos negativos que sofremos.

Os fatos acima apresentados demonstram que o desrespeito com a população está presente já há alguns anos. Além dos impactos na vida dos seres humanos, sabe-se que também ocorrem ilegalidades éticas no que diz respeito à relação com a biodiversidade. Estamos na APA Sul e no entorno do Parque Estadual da Serra do Rola Moça, com presença de outras importantes unidades de conservação, o que prova a forte vocação econômica da região para atividades que integram harmonicamente pessoas e natureza, como o turismo ecológico, histórico e cultural. Vale destacar a importância vital dos serviços ambientais que essas áreas naturais prestam a toda Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Salientamos a presença de Mata Atlântica, defendida pela Lei Federal 11.428, de 2 de dezembro de 2006. É sabido que as condicionantes das licenças para a implantação e operação das minas prevêem o plantio de espécies nativas, porém, por ineficiência não apenas do empreendedor, mas também do órgão público responsável, tal recuperação florestal não vem sendo realizada. Ênfase merece também a borboleta Paridis burchelanus, considerada extinta desde 1940 pelo Livro Vermelho de Espécies Ameaçadas da Fauna Brasileira, encontrada recentemente no leito do Ribeirão Casa Branca. Essa espécie é altamente sensível à quantidade e qualidade das águas, e qualquer interferência em seu habitat é um grande risco para sua definitiva extinção.

Sobre o desempenho de funcionamento das minas da região, tivemos acesso a relatórios técnicos de monitoramento das águas e efluentes que apontam concretas violações de limites legais de vários parâmetros fixados em normas federais ou estaduais.
Enfim, são muitos os passivos pendentes, tantos que nem é possível registrar todos aqui.

Convocação para ação responsável

As reivindicações aqui apresentadas não são novidades, já foram feitas em diversos espaços públicos e estão registradas em vários documentos formais, protocolados junto aos órgãos competentes e parte do processo de licenciamento da Mina da Jangada (disponíveis mediante solicitação). São elas:

·       Inserção da área entre a estrada de Nova Lima e Casa Branca e a Mina da Jangada, localizada na Serra dos Três Irmãos, ao Parque do Rola Moça;
·       Criação da Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) da Jangada que garanta a preservação das águas, nascentes e mananciais de abastecimento público;
·       Apoio para a criação de um Programa de Educação Ambiental e Turismo Responsável, elaborado e gerido juntamente com a Prefeitura Municipal de Brumadinho e com a população local, na área que inclui as cachoeiras do ribeirão Casa Branca;
·       Calçamento (com bloco de rejeito da mineração) de Casa Branca até Córrego do Feijão (incluindo a rua 27, Alameda Sibipiruna). Molhar a estrada é apenas uma medida paliativa, precisamos de uma solução definitiva. O projeto de calçamento deve ser elaborado em conjunto com a comunidade;
·       Disponibilização de informações periódicas da operação da mina para a população local;
·       Controle da poeira gerada dentro da mina da Jangada;
·       Programa de Educação no Trânsito, além da sinalização das estradas dentro da comunidade diretamente afetada.

Rogamos ao Ministério Público, aos órgãos competentes e ao Conselho Estadual de Política Ambiental, em especial a Unidade Regional Colegiada Paraopeba, que não emita nenhuma licença ambiental para empreendimentos de mineração em nossa região antes da real mitigação dos impactos que sofremos há vários anos. E ainda que as fiscalizações sejam freqüentes e sérias.

Estamos dispostos a defender nossas vidas e nosso ambiente. Caso as reivindicações aqui apresentadas não recebam a atenção que merecem, por favor, interpretem este manifesto como o anúncio de nossa luta firme e pacífica. Temos plena consciência dos nossos deveres e direitos como cidadãos. Sabemos que o que estamos defendendo é legítimo, fundamental e a favor da vida. Acreditamos que juntos somos fortes, e que salvar o presente e o futuro do nosso planeta é um dever ético e da natureza de todos.

Com esperança.

Movimento pelas Águas e Serras de Casa Branca

sábado, 18 de junho de 2011

CARTA À EMPRESA VALE

Aos Exmos senhores dirigentes, funcionários e responsáveis pela Companhia Vale,
Somos membros do movimento Casa Branca Água Viva, sediado em Casa Branca, no município de Brumadinho, Minas Gerais. Esta região, limítrofe ao Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, na grande BH, faz parte de um complexo ecológico de rara beleza e grande relevância por sua biodiversidade, fauna e flora singulares, montanhas e nascentes com águas de primeira qualidade, muitas delas de água mineral, tornando-se um dos maiores mananciais hídricos responsáveis pelo abastecimento da cidade de Belo Horizonte e seu entorno, uma autêntica reserva natural. 

O Casa Branca Água Viva é um movimento de caráter preservacionista, que tem como objetivo central a defesa desse patrimônio ambiental, cultural e científico. Entre seus membros encontram-se pessoas de áreas diversas: professores, artistas, médicos, geólogos, engenheiros, advogados, jornalistas, ambientalistas, trabalhadores rurais, pessoas nativas e de outras cidades que vieram para Casa Branca em busca de uma vida harmoniosa e saudável, com silêncio, água, terra e ar puros, vida esta cada vez mais ameaçada pela exploração dos recursos naturais da região, feita principalmente por empresas mineradoras.


O nosso grupo realiza atividades que visam promover o bem comum e um futuro verdadeiramente próspero para todos, objetivos pelos quais lutaremos, resistindo pacificamente, mas com firmeza, sempre que estes forem ameaçados. Somos lúcidos e temos plena consciência dos nossos deveres e direitos como cidadãos, trabalharemos nisto até as últimas consequências, pois sabemos que o que estamos defendendo é legítimo, fundamental e a favor da vida. Acreditamos que juntos somos muito fortes, e que salvar o futuro do nosso planeta não é uma missão restrita a ambientalistas, e sim um dever ético e da natureza de todos.


A Vale procura difundir uma imagem de empresa socialmente responsável, mas não é o que tem demonstrado diante dos fatos ocorridos nesses primeiros tempos de convivência com a comunidade de Casa Branca. Além do não cumprimento por parte da empresa de várias condicionantes acordadas para a extração do minério nesta região, outras irregularidades também já foram identificadas, sendo as mesmas causadoras de grandes prejuízos à população, como a danificação da estrada local, veículos da empresa trafegando pela mesma em alta velocidade, ruídos noturnos provenientes de suas máquinas, prejudicando o sono dos moradores, culminando, no último verão, com a falta de água em pleno período de chuvas, período este em que a Vale iniciava as atividades de expansão na mina da Jangada, e como foi constatado, poluindo e fazendo uso indevido das águas daquela área, a mesma água (classe 1) usada para beber pela população local.

A denúncia do ocorrido foi levada ao Ministério Público pelo nosso movimento, que também realizou um show com artistas reconhecidos na área da música para levar tais fatos ao conhecimento da opinião pública, culminando com a manifestação em que foi bloqueada a via de acesso à mina da Jangada, o que foi amplamente divulgado pela mídia, contando inclusive com matéria veiculada nacionalmente pela TV Globo. A Vale diz promover um desenvolvimento sustentável, mas a necessidade de estarmos aqui hoje, defendendo a integridade de nossa gente, bem como de nossas águas, árvores, montanhas e animais do risco iminente de extinção, comprova que sua imagem de sustentabilidade levada a público, não corresponde à realidade.

Da mesma forma que o aquecimento global há anos atrás era apenas uma hipótese longínqua e hoje se tornou real transformando a vida de muitos, recentes pesquisas revelam que caso a mineração em Minas continue no ritmo em que está, e da forma insustentável como se apresenta, desmatando, poluindo rios e interferindo nos nossos lençóis freáticos, em poucas décadas, as regiões ferríferas e igualmente aquíferas próximas à área metropolitana de Belo Horizonte, sofrerão graves problemas em relação ao abastecimento de água. Os senhores têm uma perspectiva do que isto representa para uma população de milhões de pessoas, para um estado considerado a caixa d'água do sudeste brasileiro? E continuarão, por interesses financeiros e privados, sendo responsáveis e coniventes com essa possibilidade desastrosa?
Todos nós sabemos da importância do minério de ferro para o mundo atual, afinal também nos beneficiamos dele, mas é imprescindível que sua exploração seja feita de maneira criteriosa, responsável e sobretudo humanizada, acompanhada efetivamente de ações compensatórias e preservacionistas. Precisamos lembrar que nosso planeta, bem como seus recursos naturais são finitos, e que a Terra é um organismo vivo, a grande mãe provedora, a quem devemos consideração, respeito, cuidado e sobretudo gratidão.

Estamos cientes de que não estamos diante de uma simples batalha, pois caso tudo continue como está, num espaço não muito longo no tempo, todos sairão perdendo.
Sabemos também que estamos diante de um gigante de imenso poder econômico, a Vale é sem dúvida um Golias, mas acreditamos que se aproxima o dia em que todo indivíduo consciente tornar-se-á um Davi frente a tais gigantes, a fim de também conscientizá-los a usarem a força e o poder que possuem para o bem, para através do entendimento e da ajuda mútua, lutarmos pela auto-preservação da espécie, e darmos assim um importante passo rumo à consolidação da nossa unidade com o Todo. Então vai aqui o nosso apelo aos senhores acionistas, dirigentes e trabalhadores dessa empresa, humanos como nós, que têm família, coração e sonhos como nós, que façam todo o possível a fim de minimizar os estragos, quase sempre irreparáveis e irreversíveis que a atividade minerária provoca em nosso habitat
.


"Não dá para pensar no futuro do planeta sem pensar no futuro das florestas e do meio ambiente. Sustentabilidade."
Estas sábias palavras compõem um texto em painéis de propaganda nos aeroportos do Brasil e está assinado pela Vale; após constatarmos as recentes ocorrências acima citadas, essa frase até poderia suscitar dúvidas, mas preferimos confiar que a Vale irá honrar este compromisso e fazer valer sua palavra. 
Atenciosamente,


Membros do Movimento Casa Branca Água Viva


Carta protocolada e entregue a representantes da Empresa durante reunião com o Movimento em 16 de junho de 2011

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O DIA DA ALEGRIA!

E o Espírito de Deus pairava sobre as Águas!
Gênesis - Capítulo 1, versículo 2

E a água dos céus a todos limpará.
Lama Tagdra Rimpoche
Trecho da poesia/profecia de um monge tibetano, presente no livro “Regina – 2 de octubre NO SE OLVIDA” de Don Antônio Velasco Piña

Eram 4:30 da manhã e chovia! A água do céu também se manifestou! Abençoou o do Dia da Alegria, esse histórico 16 de maio de 2011!
Cedo começou o dia para muitos moradores de Casa Branca. Unidos, realizamos uma manifestação pacífica, bloqueando a via de ligação entre Casa Branca e Brumadinho. A partir de 5 horas, a Avenida Hum já estava fechada e uma ação educativa, com faixas, cartazes e panfletos iniciou-se no local.
Gente de todas as idades, brava gente de Casa Branca, que exemplo de mobilização, cidadania, união e força!
Esse dia entrará na história de Casa Branca! Essa luta é mais que nobre, é sagrada! Sem ÁGUA não há VIDA!
Bloqueada a avenida, os presentes se reuniram para orar! Deus está presente! A Mãe Divina está presente!
“Avatar” é realidade aqui! O filme que conta a luta de uma população nativa contra a mineração, na paradisíaca lua de Pandora, foi mencionado por algumas pessoas presentes na manifestação.
Por falar em filme, durante a mobilização da população na preparação do Dia da Alegria, na sexta-feira 13, foi exibido o documentário “Não Vale”, sobre a ação da companhia Vale, responsável pela mineração na Mina da Jangada. Neste filme são mostradas as ações contra a natureza e contra os seres humanos, feitos pela Vale, na região de Carajás no Pará até São Luis do Maranhão. Uma mostra de nosso “vizinho” que se diz bonzinho, a poderosa e cruel multinacional brasileira!
A imprensa esteve presente no Dia da Alegria, repórteres do “MG-TV” da Rede Globo e do jornal “Hoje em Dia” estiveram presentes no local e fizeram matérias sobre a manifestação. Mesmo com as dificuldades colocadas pelos seguranças da Vale, que tentaram barrar o acesso dos jornalistas ao lugar, foi feito o registro da situação do Poço Azul, que teve mais de 50% de leito reduzido! A imprensa pode testemunhar a devastação feita em uma região de rica vegetação e fauna, próximo às nascentes de Casa Branca, com a abertura de verdadeiras avenidas em plena mata.
Foi uma denúncia e uma demonstração de força de uma população unida e guerreira, pronta para defender o sagrado direito à vida! Essa foi mais uma vitória, mas a mobilização tem que ser constante! Orai e Vigiai! 
Parabéns Comunidade de Casa Branca! Parabéns Moradores da Jangada! Obrigado a Deus e à Mãe Divina!
ÁGUA É VIDA!

Endereço para assistir à reportagem do MG TV:

HOJE - AGORA! Fechamento de avenida em protesto

16/05/2011 - Os moradores de Casa Branca estão em protesto desde 5hs da manhã, fechando a Avenida Hum, que liga Casa Branca a Brumadinho, a favor da preservação das águas da região. Denunciando as mazelas que as mineradoras da região estão realizando no nosso solo, recebemos a Rede Globo para fazer matéria no jornal MG TV 1ª edição, às 12:00 de hoje, 16 de maio de 2011. Registramos fotos absurdas da devastação causada pelas ações destes frios empresários.








16/05/2011 - Os moradores de Casa Branca estão em protesto desde 5hs da manhã, fechando a Avenida Hum, que liga Casa Branca a Brumadinho, a favor da preservação das águas da região. Denunciando as mazelas que as mineradoras da região estão realizando no nosso solo, recebemos a Rede Globo para fazer matéria no jornal MG TV 1ª edição, às 12:00 de hoje, 16 de maio de 2011. Registramos fotos absurdas da devastação causada pelas ações destes frios empresários.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Autuações por falta de outorga e promessa da Vale

Durante a reunião na sexta-feira com os representantes da Secretaria de Meio Ambiente de Brumadinho ficou acertado que na segunda-feira, dia 09 de maio, iriam começar as fiscalizações junto à Vale na Jangada. Já pela manhã da segunda-feira, Juninho, morador do Jangada, seguiu com o grupo da fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente até a nascente da Jangada, conhecida como Lagoa Azul. Demais demandas em questão dos desmatamentos na Serra do Cachorro, Capim Branco e ponto de recolha de água em caminhões na Jangada. A equipe da Secretaria se encontrou com o supervisor técnico da Vale e foram fazer a medição de água na nascente, a qual a Vale não tem outorga e, em função disso, já estão autuados. Ficou constatado que a nascente é de classe 1, sendo ela mineral e que de acordo com a lei de recursos hídricos, esta mesma tem prioridade para animais locais e população. Não sendo permitido o uso para lavagem de minério e nem molhação de ruas, o que gerou outra autuação. A Lagoa do Capim Branco que a Vale tem outorga é suficiente para o uso da mineradora e das operações a que eles têm usado. Foi feita uma foto coordenada e constatado que a cabeceira da nascente se encontra em ótimas condições, mas com muita serra pilheira, o que suja a água um pouco, mas ainda falta algum estudo. Ao que diz respeito ao Morro do Cachorro, Andréa, moradora do Recanto da Aldeia - Casa Branca, fez uma queixa junto à Policia Ambiental e ficou constatado que a empresa não tinha licença, mas o chefe da fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente informou que eles têm liberação do IEF, mas somente para retirar a vegetação e que este mesmo local é para fazer prospecção, e que este processo de prospecção pode durar de 10 a 50 anos. Há indicações de que aquela montanha ainda tinha as pilhas de minério da antiga MBR. O boletim de ocorrência com o parecer da polícia será anexado à denúncia junto ao MP. O Sr. Geniltom, supervisor da área ambiental da Vale, afirmou que em 15 dias no máximo os caminhões não mais irão transitar entre Córrego do Feijão e Casa Branca e irão usar somente as estradas internas dentro da mina. Vamos aguardar com fé tais andamentos!

Pressão da comunidade alcança resultados em reunião


Determinados no propósito de alcançar os objetivos de preservar as nascentes e água de Casa Branca, um grupo de moradores da região se reuniu na última sexta-feira, dia 06 de maio, no CONSEP, com vários funcionários da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Dentre eles, Vinícius, vistoria; Elmo, fiscal; Emanuel, Técnico de Serviços; Marcos, Chefe da Fiscalização e Lenice, Técnica e representante do Secretário Adjunto de Meio Ambiente.
Grande conquista da reunião foi termos conseguido que a Secretaria faça um laudo técnico da Mina da Jangada e demais localidades em Casa Branca que estão tendo desmatamento e abertura de ruas e praças para prospecção, assim como das condições da água que abastece a região. Também ficou acertado que fizessem um laudo do EIA – RIMA, com a finalidade de detectar os impactos que não foram previstos, a falta da representação da comunidade de Casa Branca no mesmo, as contrapartidas que não foram cumpridas ou nem, ao menos, abordadas, além de outros detalhes técnicos que podem estar fora do cumprimento devido.
Para que possamos fazer denúncias em relação à qualidade da água, é necessário que todos que estiverem com água suja, recolher a água para fazer análise.
Aos que estiverem com pouca água, pressão fraca ou falta de água, é necessário tirar fotos, filmar e, preferencialmente, chamar a polícia para fazer um boletim de ocorrência.
Dessa forma, o movimento se fortalecerá, pois quanto mais provas forem colhidas, maior será nossa credibilidade e seriedade.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Movimento Casa Branca Água Viva na mídia

Levando o nome do blog, a matéria intitulada “Águas de Casa Branca” foi publicada na última edição do jornal Apasul, com circulação em Casa Branca, Brumadinho, Nova Lima, entre outros municípios.
Com chamada na capa e uma matéria de página inteira, várias informações contidas no blog, além de outras relacionadas, a matéria fará circular a divulgação do movimento por  centenas de mãos, chegando a vários setores da sociedade.
Obrigada Apasul pela colaboração!

Show CASA BRANCA ÁGUA VIVA

Dia 01 de maio, domingo, Casa Branca foi palco de um grande show com a participação de artistas que abraçaram a causa “Casa Branca Água Viva”. Marcus Viana, Quebrapedra Trio (Leonora Weissmann, Rafael Martini e Edson Fernando), Patricia Lobato, Renato Motha, Regina Souza, Sérgio Pererê e Vander Lee, fizeram sucesso no Pavilhão Sanandha (condomínio Quintas de Casa Branca) e a arrecadação do show foi destinada ao movimento Casa Branca Água Viva, para a efetivação de ações que se fazem necessárias à consolidação mesmo.
A todos os artistas e aos que estiveram presentes no show, nosso muito obrigada.
(Em breve colocaremos fotos neste post)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Audiência Pública sobre Revisão do Plano Diretor em Brumadinho



Impressões sobre a Audiência Pública na Câmara dos Vereadores de Brumadinho sobre a revisão do Plano Diretor do Município, ocorrida em 27 de abril de 2011.

1- A audiência foi para apresentar os estudos e pesquisas realizados por uma empresa contratada pela prefeitura para, a partir destes, serem traçadas as diretrizes da revisão do Plano Diretor.
2- Após a longa exposição da técnica da empresa, com exibição de dados, quadros, mapas e outros recursos, iniciou-se a participação de representantes da sociedade civil organizada (5 minutos de fala) e participantes em geral (3 minutos).
3- Estavam presentes representantes e membros de muitos distritos e comunidades dos povoados, vilarejos, quilombolas e zona rural de Brumadinho.
4- Praticamente TODOS foram muito enfáticos em criticar duramente a metodologia e a própria pesquisa dessa empresa, com críticas também à condução por parte do poder público do município e muitas, muitas críticas e denúncias sobre a atividade mineradora em Brumadinho!
5- Ananda, moradora de Casa Branca, em sua fala denunciou o desrepeito com a Comunidade de Casa Branca que aparentemente não foi consultada na pesquisa, não foi comunicada em tempo hábil sobre a Audiência e teve sua participação comprometida pelo atraso de 1 hora do ônibus, disponibilizado pela prefeitura, que levaria a Comunidade para Brumadinho.
6- Ka, também morador de Casa Branca, colocou que Brumadinho desconhece Casa Branca, que só é lembrada na hora de aumentar o exorbitante IPTU, no recebimento dos repasses da mineração que não são investidos em Casa Branca, mas na sede e, finalmente, durante o Brumadinho Gourmet, onde após o evento, recebe o lixo que é jogado na Jangada. Diante da não consulta de Casa Branca na pesquisa, Ka ainda falou de alguns pontos que considera importante para a comunidade no plano diretor: o crescimento desordenado com risco de proliferação de condomínios e verticalização de Casa Branca e os sérios problemas com a mineração. Citou também a Audiência Pública em Belo Horizonte e finalizou sua fala colocando que diante das circunstâncias da Audiência de Brumadinho, a Comunidade de Casa Branca não reconhecia aquela Audiência e, amparada na lei que garante a participação da população nesse processo, poderia recorrer até mesmo ao Ministério Público para invalidar a AP.
7- José Henrique, morador de Casa Branca, também falou pela comunidade e criticou a metodologia da pesquisa, dizendo que a empresa tratou as pessoas como objetos e não seres humanos!
Foi forte, emocionante e indignante. Diante das críticas e denúncias os representantes da mesa  indicaram que haverá novas Audiências Públicas, com possibilidade de serem nas Comunidades e distritos, inclusive em Casa Branca, para que haja participação efetiva da população.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Comunidade de Casa Branca manifesta impactos ocasionados pela atividade minerária em Audiência Pública na ALMG

Após uma série de reuniões e articulações realizadas na comunidade de Casa Branca, foi realizado em 25 de abril de 2011 um debate em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais.
Especial a presença da comunidade, desde os nativos da região até novos e jovens moradores. Emocionantes manifestos, expressões e aplausos. Muito conhecimento compartilhado. 


Acreditamos que todos aprenderam muito com todas as falas dos membros da comunidade e demais entidades que lá estavam, conforme relação abaixo:

- Durval Ângelo, Deputado Estadual, Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa e autor do requerimento, 
- Daniel Medeiros de Souza, Superintendente de Regularização Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, representando Augusto Henrique Lio Horta, Secretário de Estado Adjunto do Meio Ambiente e Diretor - Geral do Instituto Estadual de Florestas - IEF;
- Eduardo Machado de Faria Tavares, Ouvidor Ambiental do Estado de Minas Gerais;
- Carlos Eduardo Ferreira Pinto, Promotor de Justiça e Coordenador Regional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente das Bacias dos Rios da Velha e Paraopeba;
- William dos Santos, Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MG;
- Frei Gilvander Luís Moreira, Assessor da Comissão Pastoral da Terra;
- Maria Teresa Viana de Freitas Corujo, Representante do Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela.
- Paulo Vaz Alkimin, Ouvidor de Polícia do Estado.
Destaque para os temas discutidos:
- falhas no estudo de impacto ambiental da Mina da Jangada;
- inexistência completa de diálogo entre a empresa e os atingidos;
- desrespeito pelas pessoas e natureza;
- diminuição da quantidade e qualidade da água que abastece diretamente mais de 100 famílias da Jangada e indiretamente até a população de Belo Horizonte;
- tráfego de veículos pesados, poeira, rachaduras nas residências e demais impactos pela causados pela operação do empreendimento;
- estratégias utilizadas pelo empreendedor para efetuar irregularidades no licenciamento - o caso da Mina Apolo na Serra do Gandarela;
- o caso da mina Capão Xavier;
- informação do Ministério Público que foi instaurado inquérito civil independente para investigar possíveis irregularidades denunciadas pela comunidade de Casa Branca;
- omissão da prefeitura municipal;
- situação da mina de Córrego do Feijão;
- possibilidade de exigir revisão e verificação da licença da mina e outorga da água;

A Comissão de Direitos Humanos irá encaminhar as notas taquigráficas da audiência e solicitará providências para a prefeitura e câmara de vereadores de Brumadinho, para a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Ministério Público e também para empresa Vale.

A comunidade permanecerá alerta e unida, trabalhando em colaboração e somando esforços com outros movimentos. Fechamos com famosa frase citada na audiência: “o preço da liberdade é a vigilância constante”.

Texto adaptado enviado por Carol Campos

sábado, 23 de abril de 2011

Show CASA BRANCA - ÁGUA VIVA



Iniciativas como essa nos surpreendem e nos animam para continuar lutando por nossa causa.
Em nome de todos integrantes do movimento pelas águas de Casa Branca, o blog agradece ao Quebrapedra Trio, nas pessoas Leonora Weissmann, Rafael Martini e Edson Fernando, além de Marcus Viana, Patrícia Lobato, Regina Souza, Renato Motha, Sérgio Pererê e Vander Lee. 


Estamos ansiosos pelo show!


Lembrando que a arrecadação do show será destinada ao movimento Casa Branca Água Viva, para a efetivação de ações que se fazem necessárias à consolidação do mesmo.


Informações:
Data: 01 de maio de 2011, domingo.
Horário: 16:30
Local: Pavilhão Sanandha
Endereço: Alameda Manacá da Serra, 1640, condomínio Quintas de Casa Branca.


Ingressos no local ou reserva pelo email marcelocalix@yahoo.com.br
Valor: Inteira R$ 60,00 / Meia R$30,00 (Todos pagarão meia entrada)
Produção: Marcelo Chaves - 8459-7938

Regulamento do Concurso de Poesia "Águas de Casa Branca"

Para melhor visualização do Regulamento, o mesmo foi anexado ao final desta página.
Você também pode solicitar o envio do Regulamento pelo email aguasdecasabranca@yahoo.com.br
Participe!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

ABRACE A SERRA DA MOEDA

O movimento "Abrace a Serra da Moeda" nasceu em 2008, no dia 21 de abril, e reivindica dos nossos representantes políticos a implantação do Monumento Natural da Serra da Moeda, no trecho denominado Serrinha. A data em que homenageamos Tiradentes, líder da inconfidência mineira, representa a luta histórica dos mineiros por nossas riquezas naturais. Segue link do blog do abrace a Serra da Moeda: 

Horário: 21 abril 2011 de 10:00 a 14:00
Local: Alto Serra da Moeda
Cidade: Brumadinho-MG
Organizado por: ONG Abraçe a Serra da Moeda

Mapa do Serra da Moeda - Evento Abrace

Nós, do movimento Água Viva, apoiamos o Abraço a Serra da Moeda e, alguns de nós, estaremos representando a comunidade de Casa Branca. 


Grande abraço!!!

Caminhada pelas Águas de Casa Branca




A caminhada pela preservação das águas de Casa Branca foi um momento de grande emoção.
Os moradores da comunidade se uniram e, levantando cartazes e bandeiras, cantando coros e hinos, levaram pelas ruas a demonstração do comprometimento que está se concretizando pela água da região.



Homens, mulheres, crianças, idosos, todos celebraram o momento de resgate da união da comunidade. Casa Branca se desuniu após várias tentativas falhas e fracas de conquistar os direitos da comunidade, uma vez que as pessoas que estavam a frente das mobilizações desistiram ou tentaram tirar proveito particular da situação, ao invés de agregar valor para o coletivo. Agora, estamos renovados e esperançosos de que esse movimento não se enfraquecerá, mesmo quando não conseguirmos conquistar num primeiro momento nossas reivindicações. Não podemos nos sentir derrotados nas primeiras brigas, pois essa será uma longa guerra. Guerra pacífica, mas com guerreiros dispostos a lutar argumentando com o poder público e conscientizando a sociedade dos nossos direitos civis. A água é um deles. Não temos que comprar água, se temos, aqui, quantidade e qualidade suficientes para a população de Casa Branca.

Reunião no Zé Dodô

Unida, a comunidade de Casa Branca, principalmente os moradores do bairro Jangada, se reuniu no espaço de eventos do Zé Dodô para discutir sobre a atual situação da água na região.


A liderança local colocou a par, de forma transparente, tudo o que já foi feito em relação às contestações do EIA - Estudo de Impacto Ambiental, - feito pelas mineradoras, à todos os contatos que foram feitos para que possamos nos munir do máximo de informações acerca dos nossos direitos em relação à utilização das nascentes e águas do município, e de um prestação de contas, que demonstrou o quanto recebemos e já gastamos com as mobilizações do movimento.

 

Indignados com a exposição sofrida pelo lençol freático, que agride as nascentes, várias pessoas se manifestaram com a colaboração de novas informações e com a disposição de ajudar, se envolvendo em grupos de diferentes frentes como: mobilização, comunicação, arrecadação de verba (para custear os gastos do movimento, como telefone, gasolina, impressões, xerox, etc...), entre outros.


Após a reunião, o grupo desceu em passeata até a Praça de Casa Branca, em protesto pela preservação de nossas águas.

Em coro as vozes se uniram para cantar o refrão:

"A união faz a força
A união faz a força
A união faz a força
A união é a força!"

terça-feira, 19 de abril de 2011

Histórico

Desde 2006, a população de Casa Branca está se envolvendo com a preservação de suas nascentes que estão sendo degradadas em função das atividades de mineração.
Quando as empresas iniciaram a exploração do minério nessa rica região, os Estudos de Impacto Ambiental, chamados de EIA, mal consideravam a comunidade que aqui habita. Os impactos que avaliaram que ocorreriam aqui não foram realmente contemplados em sua totalidade e tampouco as contrapartidas prometidas no EIA foram cumpridas. As contrapartidas são benefícios que as empresas oferecem para poder explorar a região.
Para contestar esse estudo, um processo foi aberto solicitando que o estudo fosse refeito, considerando a comunidade, a população e os impactos que não foram previstos anteriormente. Sem respostas, ainda aguardamos a reformulação do EIA, mas, consternados, já estamos sentindo as conseqüências da mineração. Acreditamos que a união da comunidade e o apoio de agregados que se tocarem pela causa irá alcançar a concretização de nosso desejo de manter nossas nascentes preservadas, nosso solo não contaminado e a água que usamos e tanto prezamos viva e saudável em nossas casas, hortas, cachoeiras, riachos...